A IA encontra aplicações mais vastas em psicologia, com abordagens inovadoras para o diagnóstico, tratamento e investigação de perturbações psicológicas. No entanto, a integração da IA na prática psicológica também deu lugar a várias questões legais sobre confidencialidade, ética e responsabilidade. Pode analisar o discurso, as expressões faciais e os padrões de comportamento para identificar os primeiros sinais de uma perturbação mental. Ao aplicar a IA a dados sobre os pacientes, pode sugerir um plano de tratamento personalizado, tendo em conta o historial do paciente, as reacções a tratamentos anteriores e a informação genética. A telepsicologia com recurso à IA permite realizar sessões à distância e, em tempo real, analisar continuamente os dados das sessões para estimar os progressos e efetuar ajustes em tempo real à abordagem terapêutica. A inteligência artificial ajuda a analisar grandes volumes de dados psicológicos provenientes da investigação para compreender as tendências gerais e propor novos tratamentos. Naturalmente, os dados pessoais e sensíveis dos doentes necessitam de proteção devido aos requisitos da legislação em matéria de proteção de dados, como o RGPD. As questões de responsabilidade em caso de erros de diagnóstico ou terapêuticos cometidos com base na análise de dados de IA devem ser regulamentadas. Por exemplo, a introdução da IA na prática deve ser efectuada em conformidade com as normas éticas profissionais, como a necessidade de supervisão humana e a manutenção da competência profissional dos psicólogos. Por conseguinte, é necessário desenvolver regulamentação jurídica especial no que respeita à utilização da IA em psicologia, de modo a que todos os aspectos das normas e da legislação médica sejam respeitados. A utilização da IA na prática da psicologia é uma direção muito promissora que permite uma melhoria significativa da qualidade e da acessibilidade dos cuidados psicológicos. No entanto, a aplicação da IA em si tem de ser totalmente ponderada do ponto de vista jurídico e ético para que se possa explorar todo o potencial da IA. A elaboração de mecanismos e normas regulamentares claros facilitará a utilização segura, eficaz e ética da IA em psicologia, protegendo simultaneamente os direitos e interesses dos pacientes.